Com o fim do primeiro turno, vamos iniciar a parte final do brasileirão, restando
dezenove rodadas que vão definir o futuro do Cruzeiro para 2024. Para nós a
competição mais importante do ano, onde os maiores objetivos estão concentrados,
permanecer na elite e se classificar para uma competição internacional. A pontuação
conquistada na primeira metade do caminho, nos faz imaginar que quando chegar o
fim do campeonato, vamos ter conquistado estes dois objetivos. Mesmo esbarrando
em uma sequência de poucas vitorias e baixa pontuação, a grande esperança foram os
jogadores que chegaram na última janela de contratação. Aconteceram poucas
partidas com a presença dos novos jogadores, vimos alguns problemas antigos ainda
perseverarem, mas com uma perspectiva de uma solução de fato.
O setor ofensivo que vem com baixo aproveitamento, ainda lidera o destaque negativo
da equipe, mas vendo os reforços jogarem e como o time pode se transformar, a
solução está perto. No jogo contra o Furacão observamos o ataque novamente
presente e criando situações de grande risco no ataque adversário, refletindo em gols
pelos atacantes, que durante o turno não foi comum em nosso elenco. Essa escassez
de gols cria uma pressão nos jogadores da posição, que por lesões e um elenco curto,
foram os mesmos nomes praticamente durante toda primeira metade do campeonato.
Atuaram bem até a rotina de jogos cobrarem o baixo números de jogadores da posição,
que foi a mais reforçada durante a janela e os novos jogadores ainda não alcançaram
um nível de entrosamento desejado com o restante do elenco, gerando uma oscilação
do recente ataque, atuando bem em alguns momentos e mal em outros. Como o
ataque era o setor com mais pressão, esse nervosismo gerado ainda nos afeta,
decisões erradas na última bola de possíveis gols ainda são comuns.
Acredito que passa pelo baixo rendimento do ataque o nosso baixo aproveitamento
nas últimas partidas, vimos pontos importantes escaparem em jogos contra
adversários que almejam o mesmo que nós. Na sequência Vasco, Coxa e Goiás, apenas
4 pontos, jogos de estrema importância em nossos objetivos, pontos que podem fazer
falta e que diminuiriam a dificuldade nessa metade final.
Mas com os novos jogadores, esperamos uma solução para nosso ataque, que ainda
não vimos com sua potência máxima devido a lesões. Comuns em nosso elenco e não
apenas no ataque, sendo o meio de campo o mais afetado por esse problema. Que
possui a maior rotatividade do elenco, nosso meio ideal se transformou muito durante
o turno do brasileiro. Sendo o destaque atual no setor um velho conhecido do torcedor
Cruzeirense, que fez o seu terceiro retorno ao clube.
Com os novos reforços e a volta de alguns jogadores do “DM”, vemos aos poucos a
qualidade do nosso futebol crescer a cada jogo, tendo as últimas três rodadas
evidenciado esse recém crescimento. Enfrentamos líder e vice-líder além de um dos
times mais qualificados dos últimos anos, mesmo sem conquistar nenhuma vitória, o
futebol apresentado nos dá esperança de um returno com mais pontos ainda, aos
poucos o time fica mais competitivo.
Para a primeira partida do returno, que vai ocorrer na Toca 3, temos o roteiro para
começar a virada e resolver alguns dos grandes problemas dessa temporada. Elenco
curto, ataque e jogos como mandante. Jogar em casa ainda é um problema para nós,
na atual temporada no gigante da Pampulha nenhum gol nosso até o momento.
Contra o Corinthias podemos iniciar a reação para esses três problemas, que só vão ser
considerados resolvidos após uma sequência positiva. Maior aproveitamento em casa,
mais gols do ataque e cada vez mais jogadores disponíveis e disputando posição. Como
toda virada tem um início, o próximo jogo tem todos os ingredientes para ser o marco
que tanto desejamos. E no returno conquistarmos os nossos objetivos e avançarmos
mais um passo em nossa caminhada.
Por: Vitor Pereira
Veja mais notícias do Cruzeiro, acompanhe os jogos, resultados e classificação além da história e títulos do Cruzeiro Esporte Clube.