O Cruzeiro conquistou uma histórica classificação. Na Argentina, o Cabuloso venceu o Lanús, por 1 a 0, e garantiu de forma inédita a presença na final da Copa Sul-Americana. De quebra, volta a uma final continental depois de 15 anos.
Em muitas ocasiões ao longo de sua história, o Cruzeiro buscou classificações épicas ao superar os desafios decisivos longe de casa. Nenhuma delas foi fácil, mas em nenhuma faltou luta e dedicação para conseguir avançar para a fase seguinte.
COLO-COLO – 1991
A Supercopa de 1991 contou com muitos momentos de superação do Cruzeiro. Logo na primeira fase, o Cruzeiro recebeu no Mineirão o atual campeão da Libertadores: o Colo-Colo.
Após um contestado empate por 0 a 0 em casa, o Cruzeiro foi ao Chile e precisou segurar a pressão do Colo-Colo para levar a decisão para os pênaltis.
Nas penalidades, brilhou a estrela de Paulo César Borges, que defendeu a cobrança de Peralta e viu Rubio mandar sua cobrança para fora e o Cruzeiro acabou vencendo nos pênaltis por 4 a 3.
OLÍMPIA – 1991
Também na Supercopa, o Cruzeiro enfrentou o Olímpia na semifinal da competição. No primeiro jogo, no Mineirão, a torcida apoiou o Cruzeiro os 90 minutos e viu Marquinhos abrir o marcador para a equipe celeste, mas no segundo tempo Guirland empatou para os paraguaios.
No jogo da volta, no Defensores del Chaco, o Cruzeiro teve o zagueiro Paulão expulso e novamente teve que segurar a pressão dos donos da casa e segurar um 0 a 0 para uma nova decisão por pênaltis. Guirland desperdiçou a primeira cobrança do Olímpia e o Cruzeiro converteu todas as outras para se classificar para a final da Supercopa.
GRÊMIO – 1997
Na Libertadores de 1997, o Cruzeiro começou muito mal a fase de grupo, perdendo os três primeiros jogos. A classificação era algo quase impossível e o Cruzeiro precisaria vencer os outros três jogos para evitar uma eliminação precoce.
O jogo da arrancada foi no estádio Olímpico, contra o Grêmio, atual campeão brasileiro. O Cruzeiro não tomou conhecimento dos gaúchos e venceu o Grêmio por 1 a 0, com gol de Palhinha, logo no início do segundo tempo.
O jogo deu forças o suficiente para a Raposa se recuperar na competição, buscar a classificação e seguir para a sua segunda conquista da Libertadores.
PALMEIRAS – 1998
No Campeonato Brasileiro de 1998, a Raposa enfrentou o Palmeiras nas quartas de final. No primeiro jogo, em Belo Horizonte, vitória do Cruzeiro por 2 a 1. No segundo jogo, o Palmeiras devolveu o placar. O terceiro jogo foi realizado no Parque Antarctica e o Palmeiras precisava de apenas um empate diante de sua torcida para conseguir a classificação.
O Cruzeiro abriu 2 a 0 com dois gols de Marcelo Ramos. O que parecia uma classificação fácil acabou se complicando quando o Palmeiras buscou o empate e o clube celeste teve Valdo, seu principal jogador, expulso. Superando toda a pressão da torcida, o Cruzeiro conseguiu o gol da classificação no último minuto, com Fábio Jr., e acabou avançando para a fase seguinte.
CERRO PORTEÑO – 2014
Na Copa Libertadores de 2014, o Cruzeiro se classificou em segundo lugar no grupo E, tendo o Cerro Porteño como adversário nas oitavas de final. No primeiro jogo, os paraguaios surpreenderam o cruzeirense no Mineirão e abriram o marcador com Ángel Romero.
A Raposa só conseguiu o empate no último minuto, com Samudio. No jogo da volta, em Assunção, o empate por 0 a 0 dava a classificação aos paraguaios e a missão ficou ainda mais complicada quando o zagueiro Bruno Rodrigo foi expulso.
A classificação só veio nos minutos finais, quando Dedé e Dagoberto conseguiram furar a marcação do Cerro Porteño e marcar os gols que deram ao clube celeste a classificação para a fase seguinte.
PALMEIRAS – 1996
O maior caso de superação não ocorreu para o Cruzeiro em fase de classificação, mas sim o título da Copa do Brasil de 1996. Na final da competição, o clube celeste recebia no Mineirão o Palmeiras, que tinha uma verdadeira seleção. Após um empate por 1 a 1 dentro de casa, o Cruzeiro precisaria superar o Palmeiras em um Parque Antarctica lotado.
Logo no início do jogo, Luizão abriu o marcador para os palmeirenses, mas ainda no primeiro tempo Roberto Gaúcho empatou para a Raposa. Ao longo do jogo, muita pressão do Palmeiras e uma atuação de gala do goleiro Dida, que impedia todas as tentativas de gol dos palmeirenses.
No final da partida, em rara investida da Raposa, Marcelo Ramos aproveita falha do goleiro Veloso e dá números finais à partida, garantindo o título celeste fora de casa.
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