A Minas Arena enviou uma carta ao secretário de Infraestrutura e Mobilidade de Minas Gerais, Fernando Marcato, falando sobre a possibilidade de o Cruzeiro assumir, caso o Estado de Minas Gerais rompa o contrato de concessão do Mineirão. O empresário Ronaldo, sócio majoritário da SAF do Cruzeiro, é o principal interessado em assumir o Gigante da Pampulha.

Na carta, divulgada pelo Superesportes, a Minas Arena afirma que o governo de Minas nunca chegou a citar a possibilidade de rescisão contratual.
“O tema da encampação jamais fora suscitado com a Minas Arena, a despeito da postura colaborativa e do bom canal de comunicação estabelecido pela Concessionária com os representantes do Estado de Minas Gerais. Inclusive em razão disso causou grande surpresa e preocupação a inédita declaração feita por V. Sa. à mídia de que o Contrato poderia ser encampado pelo Estado de Minas Gerais no próximo ano (2023), para que fosse objeto de uma nova licitação, muito embora a Concessionária venha cumprindo com suas obrigações contratuais e apesar de a Concessão ainda não está sequer na metade de seu prazo“.

Ela ainda negou qualquer tipo de conversa com o clube em relação ao Cruzeiro assumir a gestão do estádio.
“Da mesma forma, as hipóteses referidas por V. Sa. para uma eventual integração entre Cruzeiro e Minas Arena (subconcessão em que o Cruzeiro atuaria como gestor do Complexo ou inclusão do Cruzeiro no quadro societário da Minas Arena) também nunca foram objeto de discussão entre as Partes. Essa postura do Estado de Minas Gerais de divulgar na mídia assuntos afetos à Concessão que nunca foram debatidos com a Minas Arena viola as condutas esperadas do Parceiro Público em um contrato de Parceria Público-Privada“.
Por fim, a Minas Arena afirma que a posição do governo mineiro gera um ambiente de incerteza e muita insegurança na exploração do Gigante da Pampulha.
“Essas declarações geram um ambiente de incertezas e inseguranças para que a Concessionária explore o Complexo do Mineirão com segurança, liberdade empresarial e de gestão, como lhe assegura a Cláusula 15.1, a), do Contrato. Além disso, a imagem da Concessão foi exposta de forma negativa perante o mercado, podendo afetar negativa e gravemente a gestão do negócio, levar à frustração de contratações (em andamento ou futuras), além de outros problemas, como prejudicar a relação com os clubes e estimular a depredação do Complexo por torcedores, prejudicando, assim a condução dos negócios, ferindo os princípios que regem as relações contratuais, como a confiança legítima e a segurança jurídica e em flagrante violação ao Contrato“.

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