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foto: Ramon Lisboa/EM/D.A.Press

Presidente do Cruzeiro abre o jogo sobre futuro do clube social do Barro Preto após chegada da SAF

Em entrevista ao Superesportes, nesta última segunda-feira (22), o presidente do Cruzeiro, Sérgio Santos Rodrigues, comentou sobre a possibilidade de o Parque Esportivo do Barro Preto, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, ser transformado em um centro comercial nos próximos anos. O espaço, atualmente, é utilizado apenas como um clube social.

No entanto, o mandatário destacou que não daria tempo de entregar um projeto antes do fim do seu mandato na Raposa, que se encerra em 2 de janeiro de 2024.

“Como mudou a lei de uso e ocupação de solo urbano (em Belo Horizonte), foi feito um protocolo para garantir a utilização do espaço utilizando mais metragem quadrada para novos empreendimentos ali. Isso nunca foi discutido e, obviamente, teria que passar pelo Conselho do Cruzeiro. Eu, mas é uma opinião pessoal, buscaria um modelo misto para a utilização daquele espaço”.

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Ainda em setembro do ano passado, o clube mineiro obteve a emissão do Processo de Licenciamento Urbanístico (PLU) junto à prefeitura (PBH) para fazer do espaço social um empreendimento comercial, sendo esse, apenas uma parte do fluxo de aprovação e licenciamento do projeto.

No entanto, apesar do aval da PBH, o presidente destacou que ainda não tem o interesse em desfazer 100% do clube social. Ele, por sua vez, apostaria em um modelo misto, que também preserva a história do Cruzeiro.

“É importante preservar a parte cultural do Cruzeiro, ali a gente nasceu. Então, não podemos chegar e simplesmente vender e acabar, mas também acho um desperdício um imóvel daquele tamanho ser só um clube social. É possível fazer um modelo misto ali, que mantenha a tradição e utilize uma parte para fins comerciais”.

“Eu não sei se nós teríamos tempo de apresentar um projeto assim até o fim do meu mandato, mas é uma coisa que eu defenderia e gostaria”. 

Cruzeiro vai à corte da CBF pra cobrar indenização de clube da Série A por saída de jogador; confira!

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Cruzeiro já notificiou o Athletico-PR que vai ao tribunal da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para reivindicar a saída do atacante Vítor Roque. A alegação do clube celeste é de que foi ignorado um direito de preferência de renovação do contrato da Raposa com o jogador. Entretanto, não dá pra saber exatamente o valor pedido.

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SAÍDADO CRUZEIRO

Vítor Roque optou por deixar o Cruzeiro em abril ao aceitar a proposta do Furacão, com 17 anos. Mas houve troca de acusações entre a diretoria do clube mineiro, dirigentes do Athletico e o empresário André Cury. Assim, a Justiça do Trabalho estabeleceu que o time paranaense só precisava pagar a multa rescisória de R$ 24 milhões, baseada no seu salário. Em suma, o valor foi dividido entre o Cruzeiro (50%), América-MG (35%) e o jogador (15%).

No entanto, o Cruzeiro não aceitou esse valor, após alegar que já havia formalizado uma proposta de renovação de contrato com o jogador por um salário superior, usando assim, um mecanismo previsto na Lei Pelé, no artigo 29, que afirma que o clube formador do jogador tem preferência de renovação do primeiro contrato do atleta, desde que iguale a proposta de terceiros.

Assim, para o Cruzeiro, o clube cumpriu todos os trâmites legais ao fazer uma proposta de renovação antes de 45 dias do final do contrato de Roque. A Raposa ainda alega não ter recebido nenhuma proposta do jogador. Visto que, pelos termos do artigo 29, o clube (Athletico) que quiser contratar um atleta precisa informar sua proposta salarial para a agremiação formadora do jogador (Cruzeiro). Pois assim, a entidade formadora teria a chance de igualar os valores.

Em caso contrário, a Lei Pelé afirma que o clube contratante terá de pagar uma multa no valor de 200 vezes sobre o salário mensal proposto plea agremiação formadora do atleta. No entanto, não foi possível saber a proposta salarial do Cruzeiro a Vitor Roque, mas é certo que o valor da indenização seria maior do que os R$ 24 milhões pagos pelo Athletico.

Por fim, a ação da Raposa correrá no CNRD (Câmara Nacional de Resolução de Disputas), com o objetivo de demonstrar que o Athletico supostamente burlou o direito de preferência do clube celeste e, por isso, deve uma indenização maior pela saída de Vitor Roque da Toca da Raposa.