Em entrevista ao quadro Por onde anda?, do Superesportes, Palhinha, dono da camisa 10 e maestro da Raposa na conquista da Copa Libertadores de 1997, admitiu uma certa frustração por não ter ido a decisão do Mundial de Clubes naquele ano, diante do Borussia Dortmund, em Tóquio. O meia-campista deixou o Cruzeiro logo após o título continental, visto que, recebeu uma proposta milionária para defender o Real Mollarca, da Espanha.
“Ficou uma frustração. Não sei se a palavra é arrependimento, porque os valores que eu consegui arrecadar para poder ir à Espanha, para o Mallorca, dificilmente conseguiria ganhar na idade que eu estava. Querendo ou não, tem que pensar um pouco para frente”.
Palhinha

Na época, o Cruzeiro recebeu US$ 1,5 milhão pela venda do jogador. Palhinha foi embora no dia seguinte ao título da Libertadores (13/08/1997) e logo na mesma semana estreou pelo clube espanhol no Torneio Palma de Mallorca. Era um contrato de três anos e a primeira oportunidade de atuar no futebol europeu.
No entanto, ele acabou ficando apenas cinco meses no Mallorca. Já em janeiro de 1998, Palhinha foi para o Flamengo, apelidado de SeleFla, devido ao time cheio de estrelas. Na Gávea, o meia-atacante não se adaptou bem e pediu para deixar o clube em maio.
“O Cruzeiro não teria condições de me segurar para a próxima temporada (1998). São coisas que hoje são fáceis de falar, você tem tempo para pensar. Mas naquele momento é que você vê a condição toda que foi criada, como foi conduzida a transferência. E no Mallorca, não deu certo, voltei depois para o Flamengo, e foi a pior escolha que eu fiz na minha vida. Esse é o meu maior arrependimento”.
Palhinha, sobre o acerto com o time carioca
A FINAL ENTRE CRUZEIRO E BORUSSIA
“Na hora de ver aquele jogo, você não sabe a tristeza que é, porque eu queria estar lá também, mas eu sabia que não podia ir por tudo que se envolveu na minha transferência. Eu não poderia perder aquela oportunidade (contrato com o Mallorca). O Cruzeiro representou muito na minha vida, os dois anos que vivi em Belo Horizonte, aquilo não é questão de dinheiro e de nada, mas era uma independência que eu poderia fazer para minha vida. Dinheiro nenhum no Brasil poderia fazer. Eu não poderia perder a oportunidade”.
Palhinha sobre a decisão entre Cruzeiro e Borussia Dortmund
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