O atacanta boliviano Marcelo Moreno está mesmo de saída do Cruzeiro. O jogador já está se despedindo de pessoas próximas em Belo Horizonte e deve chegar a Assunção nos próximos dias.
O presidente do Cerro Porteño Juan José Zapag confirmou a negociação avançada e disse que a contratação do atacante deve ser fechada nesta segunda-feira.
O Cerro tem se reforçado com o que precisa. Nem mais, nem menos. Esperamos finalizar (a negociação) hoje com Marcelo Moreno Martins. Creio que ele chega hoje
Juan José Zapag
Marcelo Moreno deve assinar contrato de dois anos com o Cerro Porteño. O jogador conversa com o Cruzeiro desde a última semana para acertar sua rescisão contratual.
Vale lembrar que o atacante tem o maior salário do Cruzeiro, bem acima do teto estabelecido pela nova gestão de futebol da raposa.
Moreno encerrará a terceira passagem, pelo clube mineiro. Nela, fez 54 jogos e fez nove gols. Aceitou deixar a China, da qual poderia ganhar mais R$ 50 milhões com o tempo de contrato que tinha lá para voltar ao Cruzeiro.
Entretanto em sua terceira passagem o jogador não conseguiu se destacar como nas anteriores. Apesar disso, pela seleção boliviana Moreno segue sendo destaque. O atacante é o artilheiro das eliminatórias para a Copa do Mundo deste ano.
Dia Histórico: Cruzeiro vota nesta segunda expulsão de Wagner Pires. Entenda o caso

O Conselho Deliberativo do Cruzeiro vota nesta segunda-feira a perda de mandato do conselheiro benemérito Wagner Pires de Sá, ex-presidente do clube.
A decisão pela votação obedeceu, segundo comunicado do Cruzeiro, parâmetros do Estatuto, Regimento Interno do Conselho, Regimento Interno da Comissão de Ética, Disciplina e Corregedoria para a representação contra Pires de Sá.
O Cruzeio divulgou, por meio de nota, como será a votação:
Os portões no Barro Preto (rua Guajajaras) serão abertos às 17h30 e fechados às 19h. Votam os conselheiros beneméritos, natos e efetivos do Cruzeiro. É preciso apresentar a carteira do clube.
Às 19h, será feita a leitura do relatório, seguida da defesa de Wagner Pires de Sá. Haverá, então, a votação fechada. Os conselheiros vão responder, em cédula, sobre a perda de mandato.
Os conselheiros se retiram do ginásio e será feita a apuração, acompanhada pela Comissão de Fiscalização.
O Cruzeiro informa que nesta segunda-feira o clube Barro Preto estará fechado para as atividades dos associados. A votação não será aberta à imprensa. Todos os presentes na reunião devem respeitar as medidas de prevenção à Covid-19.
Caso Wagner Pires de Sá:
Na representação oficial contra o ex presidente do Cruzeiro, foram apontados 18 itens. Mas a comissão de ética e disciplina considerou metade delas, qualificando-as como “graves” alguns atos de Wagner. São eles:
- Favorecer o filho ao empregá-lo e remunerá-lo no Cruzeiro
- Outorgar poderes “amplos e ilimitados” a Itair Machado, sem exigir prestação de contas, “cujos excessos praticados contribuíram para a insolvência do clube”
- Utilizar cartão corporativo para compras pessoais
- Incluir o clube como devedor solidário da dívida de R$ 10 milhões de Fred com o Atlético-MG
- Omitir ganhos excessivos na intermediação da venda de Mayke ao Palmeiras
- Aumentar em “valores vultuosos” as despesas do clube
- Remunerar com altos valores – “fora do habitual de mercado” – funcionários e dirigentes, além de conselheiros (que não poderiam ser remunerados)
- Autorizar o pagamento de mais de R$ 500 mil a Itair Machado por “fator gerador ocorrido antes da posse”
- Ceder a marca Cruzeiro ao Instituto Cinco Estrelas pelo valor de R$ 20 mil em 24 parcelas
Entre as alegações não consideradas, está a de “desrespeito a imagem do Cruzeiro” por uma declaração no fim de 2019 em que Wagner afirma que não foi constatada intervenção de Wagner Pires na autonomia do conselho fiscal.
Entre as anexadas, uma chamou atenção. O extrato de remuneração de Humberto de Sá, filho de Wagner. Humberto inclusive acionou o Cuzeiro na justiça do trabalho cobrando salários atrasados e verbas rescisórias.
Também estão incluídos os extratos dos cartões corporativos do Cruzeiro, o contrato de mútuo com o empresário Cristiano Richard, além de contratos e documentos assinados por Itair Machado quando gestor do Cruzeiro.
Defesa do ex presidente do Cruzeiro
O ex presidente do Cruzeiro apresentou sua defesa em julho de 2021. De maneira resumida, estes foram os argumentos dentro da investigação no Cruzeiro:
- Sobre o filho de Wagner Pires: a defesa informou que Humberto Pires de Sá possuía “capacitação compatível” para as funções pelas quais foi contratado, que o filho “revitalizou a Toca I, que se encontrava deteriorada”, e que Humberto foi remunerado de acordo com os valores praticados no mercado.
- Dos poderes de Itair Machado: defesa argumentou que as condições estavam dentro do regulamento geral do Cruzeiro
- Cartão corporativo: Wagner Pires argumenta que não existem provas e notas fiscais do “alegado consumo pessoal”. Ainda disse que as contas da gestão foram aprovadas pelo conselho deliberativo.
- Contratação de Fred: “se deu dentro dos valores de mercado”. A defesa argumentou que a contratação ocorreu em meio a uma grande oportunidade. Caracterizou a inclusão do fato como “oportunista”.
- Pagamento de intermediação na venda de Mayke: argumentou que era preciso contratar uma “empresa intermediária para viabilização do negócio”.
- Aumento de despesas: a defesa aponta que Wagner “sofreu consequências de décadas de administrações temerárias. Alegou que as contas da gestão foram “chanceladas” pelo conselho deliberativo.
- Altos valores pagos a funcionários e dirigentes: a defesa alega que as quantias eram “compatíveis” aos praticados pelo mercado
- Valores pagos a Itair Machado por serviços de 2017: a defesa argumenta que “os poderes conferidos” a Itair foram dentro do limite do regulamento do Cruzeiro.
- Venda da marca Cruzeiro ao Instituto Cinco Estrelas: Wagner afirma que não houve irregularidade e que o “direito de uso da marca foi regularmente adquirido e devidamente pago” e que não houve concessão de uso vitalícia.
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