O Campeonato Brasileiro para o Cruzeiro começou sob olhares de muita desconfiança. Depois de um Campeonato Mineiro bem abaixo do esperado e uma discreta janela de transferência, a torcida se dividiu entre confiança e desespero. Há quem, com cautela, pedia paciência com a gestão do Ronaldo e, por putro lado, quem já decretou o rebaixamento antes mesmo do início do campeonato.
O Campeonato Brasileiro se iniciou e o Cruzeiro superou todas as expectativas. Mesmo na derrota na primeira rodada contra o time de Corinthians, foi possível perceber um time organizado e aguerrido em campo. E os jogos seguintes, com vitórias e atuações impecáveis, trouxeram aos cruzeirenses um gostinho de um passado recente.
Alguns dias atrás, vozes unidas diziam que a meta de permanecer na série A terminaria com um novo descenso. Entretanto, bastaram algumas rodadas para que se tornassem “segue o líder”, “de volta à Libertadores”, etc.
Ontem, 22/05/23, o Cruzeiro sofreu uma dura derrota. O placar de 1×0 diante do Cuiabá na Arena do Jacaré ecoou como uma goleada na torcida.
Limitações técnicas individuais do elenco ficaram escancaradas, erros do técnico Pepa e o mais gritante: a falta de uma casa, trouxeram a Nação Azul de volta da órbita. Um time como o Cruzeiro deve sempre olhar para cima, mas no momento, é preciso sempre olhar para trás. Esses pontos contra o Cuiabá era de suma importância, porque apesar do desejo de competir e dominar o Maracanã, a realidade momentânea é batalhar na Arena Pantanal no segundo turno contra uma vaga no Z4. Cada ponto conta.
Essa derrota foi daquelas que deixam o gostinho amargo da verdade, da quebra de encanto. Mas ainda assim, não podemos voltar ao sistema de caos. Paciência e confiança. O Brasileirão exige, sobretudo, equilíbrio. E para o Cruzeiro esse equilíbrio deve se estender a todas as esferas e camadas da Instituição.
Fica aqui uma ressalva, mais uma vez, para o triste fim que a Minas Arena está dando para o palco desportivo mais importante do estado de Minas Gerais.
Que o Cruzeiro reencontre o caminho das vitórias e se mantenha longe da zona de risco. Cada 3 pontos valem uma tonelada, valem 3 anos de sofrimento e pesam uma tonelada de lágrimas que não querem voltar a rolar. Faltam 33 pontos, 11 vitórias para um longo suspiro de alívio e mais uma página ruim ser virada.
Cruzeiro, sempre! Vamos juntos voltar a vencer!
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