Não queremos uma casa, nós temos uma casa.
E não existe concessão que diga o contrário. Por contrato, talvez a Minas Arena tenha algum direito sobre o Mineirão, mas a alma do estádio é nossa.
Entretanto, esse malfadado contrato insiste em contrariar o que é o Mineirão. Somado a isso, os próprios gestores do Cruzeiro parecem desconhecer o sagrado que existe entre a torcida e a sua casa.
O simpático Independência que me desculpe, mas ele não pode ser uma opção. Nossa relação com o Cruzeiro é mais forte que um casamento e o Mineirão é o templo onde se celebrou essa união.
Por outro lado, o Mineirão também perde sua vida quando se afasta do Cruzeiro. Sem as nossas histórias nas arquibancadas, as festas e lágrimas compartilhadas, ele não passa de uma armação de concreto.
Se o Mineirão dorme no vazio da madrugada, ele certamente sonha com a explosão da China Azul no gol do Geovanni em 2000; com o chute do Elivelton em 97 ou com o desfile de Tostão, Dirceu e companhia em 66, deixando o Rei Pele inconsolável.
E, se por um lado ele tem algum pesadelo, seu sono termina com um susto ao lembrar do 7 a 1 ou do maldito gol do Boselli em 2009.
Enquanto campo de futebol que é, ele não dá a mínima para botecos, tardezinhas ou sambas do ano.
Por isso, entendam algo simples. A nossa casa já foi escolhida e não existe calculadora que mude isso.
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