Gabigol no Cruzeiro não aconteceu — e está na hora de aceitar isso. A expectativa criada no momento da contratação foi enorme, talvez até exagerada, mas o que se viu em campo nunca chegou perto do que se imaginava. Seja pelo ótimo momento de Kaio Jorge, seja pela pressão natural de vestir uma camisa pesada como a do Cruzeiro, o fato é que o atacante não conseguiu entregar o que se esperava.
A prova mais clara veio quando ele finalmente teve 90 minutos para mostrar serviço. Foi ali que ficou evidente que, hoje, Gabigol não reúne condições de ser titular. Faltou intensidade, faltou confiança e, principalmente, faltou desempenho compatível com o investimento que envolve seu nome.
E esse é outro ponto: o salário não conversa com o futebol apresentado. O Cruzeiro tem buscado responsabilidade financeira e não pode se dar ao luxo de manter um jogador caro que não entrega dentro de campo. A relação custo-benefício simplesmente não fecha.
Gabigol teve oportunidade, teve respaldo e teve paciência por parte da torcida. Mas a verdade é que não funcionou. E tudo bem reconhecer isso. O foco agora deve ser seguir o caminho que o time já vinha trilhando, valorizando quem está rendendo, fortalecendo o coletivo e evitando criar dependência em nomes que não respondem.
Às vezes, no futebol, a contratação que gera mais barulho é justamente a que menos faz sentido. Nesse caso, aceitar que não deu certo é o primeiro passo para seguir adiante.
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