Opinião: Dinenno foi o certo que deu errado

A saída de Juan Dinenno do Cruzeiro deixa uma sensação de frustração, não apenas pelos poucos gols marcados ou pelo curto tempo em campo, mas pela impressão de que ali havia potencial para algo maior. É uma pena que não tenha dado certo, porque Dinenno era, em muitos aspectos, a cara do Cruzeiro.

Com raça e entrega, o argentino tinha o perfil combativo que a torcida valoriza. Não se escondia dos jogos difíceis e, mesmo em momentos de instabilidade, mantinha uma postura profissional que o aproximava do torcedor. Faltou talvez encaixe tático, sequência ou paciência, mas não faltou identidade.

Sua passagem, infelizmente, ficou marcada mais pela expectativa do que pela realidade. A concorrência no setor ofensivo e as lesões atrapalharam bastante. Ainda assim, é impossível não imaginar o que poderia ter sido com mais tempo, confiança e regularidade.

Dinenno não terá sua história escrita em grandes capítulos na Toca da Raposa, mas sai com dignidade e com o reconhecimento de quem tentou. Para o Cruzeiro, fica o aprendizado de que nem sempre o encaixe é imediato, mesmo quando o jogador parece feito sob medida para vestir azul.