Opinião: ATÉ QUE ENFIM, FUTEBOL

Demorou, mas chegou a hora de falar do que a gente gosta.

Bola rolando. O Cruzeiro iniciou sua temporada com um apertado 2 x 1 contra a Patrocinense. E, se a primeira impressão é a que fica, precisamos escolher nossa primeira impressão, pois a atuação do Cruzeiro oscilou muito do primeiro para o segundo tempo. O início do jogo foi avassalador. Com domínio físico e técnico, a equipe, mesmo muito modificada e com algumas improvisações, demonstrou entrosamento e criou muitas oportunidades. Dos contratados, Nikão fez uma ótima partida.

Gostei muito da atuação do Iam Luccas e gostei mais ainda da coragem do Pezzolano em colocá-lo pra jogar. Um destaque menos óbvio foi a atuação de Rafael Bilú que, improvisado, fez uma partida regular como ala esquerdo, mostrando que pode ser útil ao plantel. O segundo tempo foi de sofrimento, talvez para lembrar que a realidade desse ano será de muita luta.

O time sentiu falta do ritmo de jogo, e as modificações da Patrocinense surtiram efeito. Aproveitando a falta de um lateral esquerdo de origem, Marquinhos do Sul virou um pesadelo na vida do nosso capita, Eduardo Brock. As transições defensivas não estavam sendo bem feitas, e o cenário do jogo foi uma trocação de ataque e contra-ataque insana, parecendo até que não havia mais meio de campo.

Os últimos minutos, protagonizados pelo recuo do Oliveira e defesa desesperada de Rafael Cabral ilustram bem o que foi o segundo tempo. De positivo, me agradou muito a atuação do Wallison. Volante com personalidade e que aparece muito pro jogo. Fazendo um apanhado geral, foi um jogo 6,5. O time foi intenso até onde suportou, mas sentiu fisicamente. As improvisações feitas deixam claro que o Cruzeiro ainda precisa de um zagueiro que jogue pelo lado direito e de um ala esquerdo de ofício.

Agora é aguardar os próximos jogos e avaliar a evolução da equipe. Esse primeiro jogo me deixou esperançoso, com algumas pequenas modificações temos condições de atingir os objetivos do ano.