Ainda que o grito de “campeão” não tenha ecoado para as Cabulosas na final do Campeonato Brasileiro Feminino de 2025, a Nação Azul tem, sim, inúmeros motivos para celebrar. A derrota por 1 a 0 para o Corinthians, em uma Neo Química Arena lotada, não apaga uma campanha histórica e a consolidação de um projeto que nos enche de orgulho e esperança.

O placar agregado de 3 a 2, após um eletrizante empate em Belo Horizonte, demonstra o equilíbrio de uma final disputada em altíssimo nível. De um lado, o Corinthians, uma potência hegemônica na modalidade, com uma estrutura robusta e um histórico de conquistas avassalador. Do outro, o Cruzeiro, um projeto em ascensão, que, com planejamento e investimento, alcançou sua primeira decisão nacional. E não se engane, a equipe celeste não foi mera coadjuvante; foi protagonista.

As Cabulosas jogaram de igual para igual contra as chamadas “Brabas”. Tiveram a frieza e a qualidade para buscar o empate no jogo de ida, empurradas por uma torcida que abraçou o time e quebrou recordes de público no Independência. Em São Paulo, não se intimidaram com a pressão de mais de 40 mil vozes. Competiram, lutaram e por detalhes não levaram a decisão para os pênaltis. A imagem de atletas aguerridas, que em nenhum momento se sentiram inferiores, é o maior símbolo desta campanha.

Campanha espetacular das Cabulosas
É fundamental analisar a trajetória para compreender a dimensão deste vice-campeonato. O Cruzeiro encerrou a primeira fase na liderança isolada da competição, um feito notável que atesta a consistência e a qualidade do trabalho desenvolvido ao longo da temporada. Superar adversários tradicionais e se impor como a equipe a ser batida na fase de pontos corridos não é para qualquer um.

Este desempenho não é fruto do acaso. É o resultado de um investimento sério e de uma visão de futuro para o futebol feminino do clube. A SAF, ao entender a importância e o potencial da modalidade, tem proporcionado as condições necessárias para que atletas e comissão técnica possam almejar voos mais altos. A promessa de fortalecimento das categorias de base e a contínua melhoria da estrutura são sinais claros de que este é um projeto sólido e duradouro.

O vice-campeonato, portanto, não representa um teto, mas sim um degrau. Um degrau importantíssimo na escada da evolução. A capitã Byanca Brasil, em suas palavras após o apito final, resumiu o sentimento que deve ecoar em cada torcedor cruzeirense: a dor da derrota é inevitável, mas o orgulho pela jornada é imensurável. A campanha de 2025 eleva o patamar do Cruzeiro no cenário do futebol feminino brasileiro.

A Nação Azul, que sempre se orgulhou de suas equipes vibrantes e copeiras, tem agora mais um motivo para estufar o peito. As Cabulosas representaram com maestria os valores do clube. Mostraram que, com trabalho, dedicação e o apoio incondicional das arquibancadas, é possível desafiar gigantes e sonhar com as maiores glórias.

O título não veio, é verdade. Mas a certeza de um futuro brilhante e a honra de uma campanha memorável são conquistas que valem ouro. Sim, Nação Azul, temos muito o que comemorar. E o futuro promete ainda mais.
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