Cruzeiro

Léo fica triste com a saída, mas mantém carinho e respeito pelo Cruzeiro

O Cruzeiro anunciou nesta quinta-feira, a saída do zagueiro Léo. Ele tinha contrato até 2022 com a Raposa, no entanto a diretoria preferiu rescindir com o Ídolo celeste. O defensor de 33 anos, é natural de Belo Horizonte, além de ser cruzeirense desde criança. É um dos jogadores que mais conquistaram títulos com a camisa azul. Ele foi titular no bicampeonato brasileiro(2013 e 2014) e no Bi da Copa do Brasil em 2017 e 2018.

Chateado

Então, em entrevista ao Globo Esporte, o zagueiro afirmou que ficou surpreso com a decisão da diretoria. Embora esteja chateado, não tem mágoa do Cruzeiro, mantendo o carinho e respeito pela a Raposa.

“Claro que a gente fica um pouco frustrado neste sentido (pela rescisão). Mas em relação ao Cruzeiro, não (…) não tenho mágoa nenhuma. Tenho muita gratidão. Sei o que fiz. Tenho cabeça erguida pelo comprometimento, trabalho, derrotas, por título. Em qualquer momento, sou muito grato ao Cruzeiro. Claro que fico um pouco frustrado nesse sentido (como acontece o fim). Mas mágoa não. Eu investindo do meu próprio bolso, para voltar a jogar, para estar bem e continuar ajudando e acontecer dessa forma. Eu só venho esclarecer exatamente isso: minha intenção era ajudar. Mas a decisão não vem de mim, não cabe a mim”, disse o zagueiro, reproduzido pelo GE.

Tratamento na América do Norte.

Léo alegou que quando realizou o tratamento nos Estados Unidos, faltou um acompanhamento do clube no período que esteve no país norte-americano.

“A grande questão é que fui com o acordo do clube, os médicos estavam em contato. Na época, o Felipão autorizou, os médicos autorizaram, o clube autorizou. Mas não teve acompanhamento específico de evolução, do que foi feito. Tanto que, quando eu cheguei, expliquei novamente, que estágio eu estava, o que aconteceu. Mostrei vídeos, mostrei que estava apto. Mas fui pego de surpresa. Continuo trabalhando, fortalecendo, dedicando. Depois de certo tempo, que aconteceu do clube querer rescindir, fiquei impossibilitado de ir à Toca, de resolver. Ficou três semanas, quatro semanas. Tive que me adaptar, fazendo treinos em academias, outros lugares. Venho progredindo, evoluindo na força, agilidade, velocidade em todos os sentidos.”

“Eu investi do meu próprio bolso, para voltar a jogar e estar bem. Mas aconteceu dessa forma. A gente sabe que os propósitos de Deus são maiores. Só vim esclarecer isso. Minha decisão era ajudar, mas a decisão não cabe a mim. Minha caminhada segue. A gente faz sempre o melhor para ajudar, até questões que o clube está propondo, de acordo, faz o melhor para ajudar o Cruzeiro, para seguir nossa caminhada. Temos uma gratidão muito grande, praticamente um terço da minha vida no Cruzeiro. Fico feliz e grato por essa nação.”

Tentativa da permanência

O zagueiro relata que tentou inúmeras vezes um acordo para continuar no clube. Ainda assim, alegou que a questão financeira não pesou nas suas decisões.

“É uma decisão do clube, dificilmente eles voltam atrás. Tentei por semanas conversar, esclarecer. Até porque não é (minha) questão financeira. Todo mundo sabe o meu carinho, meu respeito, gratidão ao clube. Gosto muito de ver uma imagem minha com escudo, cheia de flechas, com a gente tentando defender a Raposa. Um clube que tenho muita gratidão. Não sou eu que tenho coordenadas e caneta na mão. A gente segue a caminhada.”

Questão financeira

“Não dá para falar valores. Eu, assim, como trabalhador tenho direito ao meu salário. Foram 11 anos de clube me dedicando. Passei muitas vezes mais tempo no clube do que em casa. Minha esposa está grávida, engravidou esse ano. Estamos muito felizes. Nova etapa da nossa vida. Minha gratidão é muito grande pelo clube. Nunca a questão foi financeira com o clube. Abri mão de muita coisa ano passado, até mesmo quando nem havia expectativa de receber salário. Então, para mim, fico feliz de poder ter ajudado o Cruzeiro, estar ajudando agora e tocar minha carreira, ser feliz. E, quem sabe, conquistar mais títulos, porque a gente é movido por isso.”

Gratidão e recado para a torcida

“Não tenho mágoa nenhuma, mas sim gratidão. Cabeça erguida pelo trabalho, profissionalismo, nas vitórias, títulos, derrotas. Sou muito grato ao Cruzeiro.”

“Falando para o torcedor. O Cruzeiro depende do torcedor. Só ele pode tirar o Cruzeiro da situação. Necessário que ele esteja engajado para que o Cruzeiro saia dessa situação. Cruzeiro é um clube gigante. Hoje tenho muita gratidão de contar e escrever essas páginas heroicas e imortais. Foram mais de oito títulos, quatro nacionais (dois Brasileiros e duas Copas do Brasil). E a gente fica muito feliz.”