Cruzeiro
Foto: Divulgação/Cruzeiro

Thiago Neves comenta sobre relacionamento conturbado com Rogério Ceni no Cruzeiro

Considerado um dos responsáveis do rebaixamento do Cruzeiro, conforme a torcida, o meia Thiago Neves concedeu entrevista ao Canal Pilhado no YouTube. Comandado pelo jornalista Thiago Asmar, o atual jogador do Sport comentou sobre o difícil relacionamento com o técnico Rogério Ceni. Contudo, o treinador foi um pedido dos jogadores à diretoria, por conta do bom trabalho executado no Fortaleza. Entretanto ele chegou “dando porrada” em todo mundo.

“Pedimos para que o Rogério viesse para o Cruzeiro, mas a chegada dele não foi boa. Ele chegou muito, como vou te falar, dando porrada em todo mundo. Na primeira reunião, ele chamou nove jogadores dos principais e aí começou a falar do time. Perguntou a idade a Fábio, Edilson, Dedé, Léo, Egídio… daí ele foi falando: ‘olha, isso aqui já deu 200 anos, 300 anos, não vou conseguir jogar com todo mundo”, disse Neves, reproduzido pelo SuperEsportes.

Além disso, Thiago afirmou que teve somente um problema com Ceni.

“Teve o problema comigo na semifinal da Copa do Brasil, em que perdemos por 3 a 0 para o Internacional. Ele mexeu quatro peças no time, deixou o Edilson de fora para improvisar o Jadson, colocou o Marquinhos Gabriel em outra posição, me colocou de falso 9. Ele mexeu muito no time para aquela semifinal, e tomamos de 3 a 0. Eu dei a entrevista dizendo que não devia mexer tanto. Esse foi o erro, de falar na entrevista. No outro dia, falei com o Rogério: eu errei de falar ali, mas não leve para o lado pessoal, até porque você não tem culpa de nada. Mas ele levou para o lado pessoal. Comigo foi só esse problema, mas parei de falar com ele. Ele não falava comigo, eu não falava com ele (…). Quando ele chegava, eu saía, até para evitar.”

Rogério teve duas vitórias, dois empates e quatro derrotas no comando do Cruzeiro em 2019. Enfim, o meia ainda alegou que o maior problema do técnico foi com Dedé.

“O problema maior dele foi com o Dedé, quando ele faltou com respeito na oração. Azar o dele que estava toda a diretoria na roda. Ele chegou com um ego muito avançado, nossa senhora, se achando demais. Não deu certo. Por isso acabou acontecendo aquilo tudo (…). Nosso grupo não se fechou para derrubar o Rogério. A gente sempre falava: ‘deixa ele, é o cara que está comandando. Deixa ele botar a molecada, é o dele que está na reta agora. Se ele tirar os principais jogadores, o problema é dele. Só que depois não vem colocar na conta de todo mundo.”