Opinião: Hora de apoiar ou de criticar?

Cruzeiro
Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro

Estamos preparados para o Brasileirão?
Após o jogo contra o Athletic, onde o Cruzeiro empatou apresentando um futebol bem abaixo do que foi visto nos últimos tempos, muitas críticas ao Pezzolano e às contratações do clube foram vistas nas redes sociais.
O assunto divide opiniões, tem quem diga que ainda é muito cedo e devemos confiar na diretoria e comissão técnica que nos tiraram do buraco em 2022 e há, também, quem diga que toda cautela é pouca, para que a gente não repita os mesmos erros de 2019.
Fato é que o elenco passou por uma gigantesca reformulação, dos titulares na campanha de Campeão da Série B apenas 4 continuaram titulares no início desse ano: o goleiro Rafael Cabral, os zagueiros Lucas Oliveira e Brock e o volante Neto Moura. É impossível exigir o mesmo nível de entrosamento entre os jogadores recém chegados. Além disso, quando olhamos para a última edição do Campeonato Mineiro, em que fomos vice, apenas quatro jogadores titulares naquela final permaneceram no restante da temporada 2022: o goleiro Rafael Cabral, os zagueiros Lucas Oliveira e Brock e o centroavante Edu. Todos os outros se dividiram entre banco ou dispensa.
O Campeonato Mineiro, bem como a maioria dos estaduais pelo país, é momento de triagem: testar quem deve ficar e quem não será utilizado pelo restante do ano. Então, a crítica ao Pezzolano e a rodagem do elenco é, sobretudo, incoerente em sua premissa.
Entretanto, algumas coisas começam a levantar questionamentos, como: as perdas de contratações importantes e dadas como certas; a contratação de jogadores sem renome ou mal vistos pela torcida; briga com Minas Arena e acerto com o Independência. Acho pertinente. Não gosto desse papo de que Ronaldo está acima de críticas por ter sido (e continuar sendo) extremamente importante para o Cruzeiro. A gestão é confiável e assustadoramente certeira, mas isso não significa que a torcida tem que fechar os olhos e abaixar a cabeça, porque quando tudo der errado, são os milhões de cruzeirenses espalhados pelo mundo que sofrerão e permanecerão do lado, como vimos acontecer. Apoiar sem senso crítico, nada mais é que completa burrice.
Enfim, o que é possível concluir é que há semelhanças entre os dois grupos de torcedores: ambos se espelham nos erros e acertos de temporadas passadas. Em 2019, boa parte da torcida confiou cegamente e demorou para entender a gravidade da situação. Em 2022, com grande desconfiança, o trabalho não poderia ter sido melhor, tudo deu certo. De toda maneira, é preciso fazer um esforço coletivo para se lembrar que, apesar de referências, são apenas passado.
A palavra que nos resta é: calma! O ano está apenas começando e a histeria coletiva de nada nos ajudará. Nunca fomos tão cruzeirenses e o Cruzeiro nunca foi tão codependente de nós, sejamos o suporte necessário para cada situação que há de vir.

VAMOS CRUZEIRO!

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