Mano Menezes cobra dívida milionária do Cruzeiro e detona SAF: “Uma grande vigarice”

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Próximo adversário do Cruzeiro, o técnico Mano Menezes foi o comandante nas últimas grandes conquistas celestes, em 2017 e 2018. O treinador cobra dívida milionária do clube, em processo que corre desde maio de 2020 na Justiça.

Mano teve duas passagens pelo Cruzeiro: de setembro a dezembro de 2015 e de julho 2016 a agosto de 2019. Ao todo, o técnico participou de 235 jogos, com 112 vitórias, 69 empates e 54 derrotas. No primeiro trabalho, Mano fez campanha de recuperação e livrou o Cruzeiro do rebaixamento.

Seduzido por grande oferta do futebol chinês, deixou o clube a uma rodada do fim do Brasileirão de 2015. Demitido do Shandong Luneng no meio de 2016, o treinador voltou à Toca da Raposa na sequência. Novamente a equipe se encontrava em situação negativa na Série A. 

Nos anos seguintes, Mano viveu o auge da carreira e ganhou quatro títulos pelo Cruzeiro: Copas do Brasil de 2017 e 2018 e Campeonatos Mineiros de 2018 e 2019. A segunda passagem do técnico, porém, terminou com demissão.

Ele deixou o Cruzeiro em agosto de 2019, após início muito negativo no Brasileirão. O clube contratou mais três técnicos até o final daquela temporada, mas não conseguiu se salvar de rebaixamento inédito à Série B. Mano é um dos dividendos do processo de recuperação judicial do Cruzeiro. 

A Raposa deve R$1.468.722,41 ao treinador. O valor é cobrado desde maio de 2020 e se refere ao contrato de direitos de imagem feito na segunda passagem. Por causa do ‘longo’ prazo dado para a execução das etapas de pagamento, Mano já criticou algumas vezes a Sociedade Anônima de Futebol do Cruzeiro (SAF).

“Estou com uma dívida trabalhista dos salários que o Cruzeiro não me pagou. Não entrei na Justiça pedindo isso, hora extra, nada, zero. É do dinheiro que o Cruzeiro disse que me devia, colocou no acordo e não me pagou. Então, me obrigou a entrar na Justiça para receber”, disse à TNT Sports

“Eu achei esse negócio da SAF, uma parte desta questão da SAF, uma grande vigarice. Porque se existe uma coisa sagrada no Brasil são os direitos trabalhistas. Então, na medida em que você permita que se faça uma SAF e pode direcionar e parcelar dívidas de contratação, dívida disso ou daquilo, as dívidas trabalhistas você tem que cumprir, porque no país isso sempre foi sagrado”, afirmou.

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