O técnico Felipão encerrou ontem a sua segunda passagem pelo Cruzeiro. O contrato iria até dezembro de 2022, porém ele entrou em acordo com a diretoria e deixou o clube. Ele não conseguiu levar o time a Série A, porém livrou a Raposa da terceira divisão.
O desgaste de Scolari com o time celeste já começou na sua negociação com clube em outubro. Após recusas de Umberto Louzer, Lisca e Marcelo Chamusca, uma comitiva do Cruzeiro foi até a casa de Jorge Machado (agente do treinador) em Porto Alegre. Felipão ficou receoso por conta das recusas, porém aceitou o convite, porém com algumas condições como investimento em contratações e salários em dia.
O presidente Sérgio Santos aceitou as ponderações de Felipão e o principal patrocinador Pedro Lourenço se comprometeu com o treinador a resolver questões pontuais. As contratações chegaram após o clube pagar a dívida na FIFA e por fim “transfer ban”.
Giovanni Piccolomo, Willian Pokkter e Rafael Sóbis foram os novos reforços, já que o técnico afirmou que precisava de um time mais experiente para a Série B. O segundo desgaste foi uma nova proibição de registrar atletas, com uma punição de CNRD por uma dívida com o PSTC do Paraná na qual refere ao mecanismo de solidariedade na venda do zagueiro Bruno Viana em 2016. A dívida é em torno de R$ 1 milhão, ainda não foi quitada mas é prioridade da diretoria.
A situação que gerou o terceiro desgaste, foi o pedido de Felipão para contratar os volantes Júnior Urso e Thiago Santos e o meia Gustavo Scarpa. A diretoria alegou que são nomes fora da realidade do Cruzeiro. Jonathan Copete era um jogador que Scolari contava com a sua chegada, porém o clube não acertou com o estafe do atleta. Tharciano do Grêmio também foi pretendido, mas as negociações com o time gaúcho não avançaram.
Os salários em “dia” do clube foi um fator que irritou bastante o técnico. Essa promessa não foi cumprida, desde o mês de novembro os atrasos são constantes. Felipão ficou do lado dos jogadores, eles fizeram protesto não se concentrando para a partida contra o Oeste. O técnico defendeu o elenco publicamente.
Depois que o Cruzeiro não tinha mais chances de acesso e de cair para a terceira divisão. Felipão não se garantia que iria ficar. Ele alertava a necessidades de mais reforços para a próxima temporada. Com a diretoria sem poder de fazer muitos investimentos, a saída de Scolari não foi vista com maus olhos. Ele deixou o clube em acordo sem multa na qual partiu do próprio técnico.
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