O Cruzeiro realizou nesta quinta-feira uma reunião na sede do Barro Preto para apresentar aos conselheiros termos do contrato da venda da SAF para Ronaldo.
Um dos principais pontos apresentados pelos integrantes da gestão de Ronaldo, integrantes da XP Investimentos e pelo presidente Sérgio Rodrigues, foi a questão do valor da venda e aporte inicial.
Os gestores de Ronaldo garantem que serão aportados R$ 50 milhões após assinatura do contrato final (sendo que R$ 26 milhões já foram colocados no clube), com os outros R$ 350 milhões, em cinco anos, por aporte direto ou através de receitas incrementais, ou seja, valores acima da receita média considerando quantias entre 2017 e 2021. Fato que foi motivo de questionamentos dos conselheiros no decorrer das duas últimas semanas.
Além disso, se os valores não forem aportados por Ronaldo, através de uma das duas possibilidades citadas acima, ele perderia ações, de forma proporcional, com possibilidade inclusive de perder o controle majoritário. Pedro Mesquita explicou a situação.
No caso do não cumprimento do investimento, o investidor pode ser diluído proporcionalmente ao investimento feito. Caso o investimento seja inferior a 51%, ele perderia o cumprimento no caso do não investimento. Foi uma alteração significativa e destrói a narrativa de que o controle do futebol ficaria com o Ronaldo com R$ 50 milhões.
Pedro Mesquita
Tocas indo pra o controle da SAF do Cruzeiro

Um dos pontos que mais havia dado motivo para discussões entre os conselheiros, foi o fato das Tocas passarem a ser da SAF do Cruzeiro. No contrato apresentado, Ronaldo assumiria a dívida tributária do Cruzeiro, que hoje giram em torno de R$ 200 milhões, mas em troca ficaria com o controle dos centros de treinamento.
A Toca 2 não é nossa, não está em nome do Cruzeiro. Para registrar, precisa gastar uma grana hoje. Queremos falar que somos donos sem sermos donos? O que adianta? Não é nosso. Vamos parar com isso – ponderou Sérgio Rodrigues.
Sérgio Santos Rodrigues
O acordo também prevê o pagamentos das dívidas da FIFA e da CNRD. Esses fatores fazem com que o time esteja, neste momento, proibido em duas instâncias de realizar contratações. Vale lembrar que Ronaldo já pagou R$ 26 milhões em dívidas de processos na FIFA, em janeiro, para o clube registrar atletas e iniciar o Mineiro.
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